Pelo título, isto tem tudo para ser o post “má lindo” que alguma vez apareceu por aqui. Aconselho vivamente a quem tem uma mente limitada e é susceptível a temáticas com odores suspeitamente semelhantes aos de uma fossa séptica, a parar por aqui . A sério, depois não digam que não vos avisei.
Bem, antes de mais feliz dia de São Valentim, principalmente para as almas solitárias que, por obra do destino ou por opção, passaram este dia a levar com tudo o que é promoções e actividades dedicadas a casais. Somos Sois uma cambada de gente resistente.
Vamos então ao que interessa, o amor, o romantismo e tudo isto nos dias de hoje. Ora o amor é muito lindo, o romantismo também, e hoje em dia este último está de tal forma ligada ao materialismo que até dói. Nada contra rosas, chocolates e jantares em restaurantes xpto com 30 estrelas Michelin, ou até mesmo brincos de diamantes. Os chocolates principalmente são bem-vindos. Sou no entanto da opinião que há maiores provas de amor e de que realmente se está com a pessoa certa. Acredito que com a pessoa certa, não só podes estar à vontade mas à vontadinha. Passo a explicar o que quero dizer com um exemplo, e sim é aqui que entra a feijoada:
Um par de namorados acaba de ir jantar a casa de amigos/ sei lá, um sitio qualquer com outras pessoas, e comeram uma feijoada. Já em casa têm a seguinte conversa:
- Ups, se te vier um cheiro a podre, a culpa é da feijoada.
- Eich! Porra, tens aí um bicho morto ou quê?
- Os teus devem cheirar a rosas, deve ser?
- Daqui a nada já podemos confirmar isso.
- Credo! Ainda te estavas a queixar? Podíamos fazer milhões a vender este cheiro como arma química. Isto atordoa qualquer um.
- Ainda bem que nos viemos embora, ainda intoxicávamos alguém.
- Mesmo. Aqui já sabemos o que a casa gasta.
Desatam os dois a rir e a conversa muda para outros parâmetros com bolinha vermelha no canto direito, conversa esta que não menciono para não ferir mais susceptibilidades.
Moral da história: só estás verdadeiramente à vontade com alguém, quando te sentes confortável o suficiente para libertares um gás, vulgo peido, e não tens vergonha de admitir que foste tu. A vida é muito curta para passares a vida ao lado de alguém com quem tens de limitar a emissão de gases. Isto aplica-se a tudo. Se há algo natural em ti que não podes partilhar com a outra pessoa, não vejo como é que um restaurante com 30 estrelas Michelin vai ajudar.
Para as pessoas que têm pânico de assumir a autoria dos ditos gases a todo o universo, é importante que procurem uma pessoa que pense o mesmo, ou passarão o resto da existência a dizer que o parceiro “é nojento! Mas o jantar no restaurante foi perfeito”.
Debates políticos, que coisa aborrecida. Eu bem tento, juro que sim, mas o meu cérebro a cada 5 segundos teima em encontrar algo fascinante no comportamento da mosca que está parada na parede há coisa de 2 horas. É vergonhoso, eu sei. Não basta isto, os momentos em que estou com atenção só me vêm à cabeça coisas sarcásticas, como o facto de que o senhor Henrique Neto se deveria chamar Henrique Avô e sempre que ouço Sampaio da Nóvoa, o meu cérebro teima em ouvir Nódoa. Terrível, bem sei.
Mas não é da minha incapacidade de ouvir do principio ao fim os debates que venho falar hoje, e sim, da necessidade que existe em alterar o formato destes. Estava a tentar ouvir a senhora Maria de Belém a enumerar todos os cargos políticos que já desempenhou quando me ocorreu que o que falha nestes debates é precisamente o formato.
Há que cativar o eleitorado, já que pelo conteúdo não conseguem, visto que já sabemos que são todos uns porreirinhos, que querem é melhorar o país porque isto está muito mau, e há uma Constituição para cumprir, e não é preciso complicar, e há que ressuscitar os valores conquistados a 25 de Abril e essas coisas todas muito lindas. Soluções práticas que é bom, não se ouve em lado nenhum, logo parece-me mesmo que o formato mais indicado deveria ser algo mais relacionado com o entretenimento:
Pusessem os candidatos todos numa poça de lama rodeada por rede, vestidos com fatinhos de Lycra, e algo me diz que a audiência dispararia...pronto ok, Lycra é melhor não, não queremos causar danos irreversíveis nas audiências mais sensíveis. Podem ir mesmo com o fatinho todo engomado, é capaz de criar mais impacto assim.
Digam lá, se não paravam para ver a Maria de Belém a puxar cabelos à Marisa, que ripostava esfregando uma amálgama de lama na cara da adversária? Ou mesmo Vitorino Silva utilizando técnicas centenárias dos agricultores de Rans contra todos os adversários e arruinando fatiotes de alta costura?
E botem manteiga nisso! Porque pão com manteiga é (tão) bom! Desculpem, foi mais forte que eu.
Vitorino Silva, mais conhecido como Tino de Rans, apresentou a sua candidatura a Belém entregando as suas 8.118 assinaturas em sete caixotes e um cesto de vindimas. Gostei da originalidade.
Tino de Rans apresentou a sua candidatura para “devolver a alegria ao povo”. Ora aqui está o primeiro candidato com um objetivo que me parece concretizável, ou pelo menos quase. A avaliar pela audiência que programas como Herman José e os Malucos do Riso tiveram e têm, despertar o sentido de humor dos portugueses, não me parece complicado.
Confesso, e perdoem-me pelo pensamento, que sempre que imagino este senhor como presidente e em visita presidencial a um país, só o consigo imaginar a cantar o seu sucesso musical do pão com manteiga. O que me deixa triste. Ainda se fosse um pãozinho com uma alheira, ou um chouriçinho, sempre tinha uma componente mais patriótica, agora manteiga?
Mas agora a sério, acho muito bem que se tenha candidatado. Outra das suas razões é dar protagonismo ao povo, que até agora tem sido sempre figurante. A falar em figuras, para os que não sabem ler, o que ao que me parece não são assim tão poucos neste país, aconselha-se que perguntem a ordem pela qual os candidatos são apresentados e decorem a posição, que desta vez não há símbolos para ajudar na escolha, ao que me parece.
Pessoas…a ver se nos entendemos: Selfies, nome que decidiram dar ao que já se fazia há carradas de tempo, muito antes das câmaras frontais presentes em smartphones e afins, são só e apenas aquelas que são tiradas por uma das pessoas que aparece na foto, ok? Sim? Percebido?
Como ver isto? Simples, ou se vê um braço esticado ou então o que aparenta ser uma muleta, daquelas de alumínio, numa das margens da foto, que levará à conclusão que um selfie stick foi utilizado…ou então que uma pessoa de terceira idade está a utilizar a muleta como apontador ou como cassetete. Mas isso é toda uma outra história.
E lá está, originalmente selfie era um auto-retrato e que eventualmente teria pessoas em 2º plano, agora com a dita muleta, aparece a família toda e os vizinhos. Mas adiante.
O que não se considera selfie, é quando se deixa o “aparelhómetro” fotográfico sozinho com auto temporizador, se dá uma corridinha e click: tem-se a fotografia. Isso é uma fotografia. Não há cá selfie nenhuma. Raio de mania.
Passado o tão ansiado dia de Natal, e a propósito, Feliz Natal a quem estiver a ler isto, é chegado o momento de falar de… pessoas. Se podia falar das camisolas lindas que foram utilizadas ontem? Podia, mas não era a mesma coisa.
Hoje apetece-me falar das alminhas inconformadas com o mundo, e com todos os habitantes que vivem nele. Sim essas, as que ontem estavam a desejar Feliz Natal e carradas de coisas boas para as pessoas e hoje sentam-se a enxovalhar alguém. Adoro o Espírito Natalício, pena é ser tão efémero e durar coisa de 3 segundos.
O curioso neste tipo de pessoas, é que sofrem de um síndrome qualquer que se agrava quando entra em contacto com pessoas que padecem do mesmo mal, e depois quase parece o milagre: multiplica mais que o pão. Uns lançam achas para a fogueira, mas estas têm a capacidade de fazer a madeira, a acendalha e o fósforo. Aliás, nem precisavam de fósforo visto que quase que cospem fogo, ou será mesmo veneno? Se o veneno for combustível, deve ser isso.
Ok, fico-me por aqui. Nitidamente este não está a ser um Sábado fácil. Por outro lado o peru estava bom e o tronco de Natal também. Nem tudo é mau.
Boas Festas a propósito, principalmente para quem atura almas inconformadas com frequência.
Às pessoas *#%*#! deste mundo: vão-se encher de moscas…E Boas Festas também para vocês.
Antes de mais espero que esta febre da OMS considerar tudo "veneno" não tenha afectado as criancinhas que te deixam comida, caso contrário este ano só comes alpista. Para além disto espero que o teu trenó tenha passado na inspecção e que não tenhas aldrabado os resultados de gases emitidos pelas tuas renas. Não te rias, vacas já fizeram explodir edifícios, se tivesse sido contigo, não achavas tanta piada.
Soube que houve casamento entre dois duendes, não fiquei surpreendida, ouvi dizer que ser gay está na moda. Acerca deles terem adoptado um piqueno, acho que a pobre criança vai ser muito gozada na escola: chamar-lhe Gervásio foi cruel. Há pais que realmente não pensam no futuro das crianças. Mas pronto, se não for pelo nome há-de ser por outra coisa qualquer. Também ouvi dizer que Deus criou o homem porque a mãe do senhor não sabia fazer pénis, portanto parece-me que o que está na moda é dizer coisas sem grande nexo, para não dizer mesmo estúpidas.
Bem, já que te estou a escrever aproveito e faço pedidos:
Gostava que desses à minha mãe dinheiro suficiente para eu poder ir para Paris e ela me sustentar lá. E já que estou a pedir, também podes convencer os meus amigos a pagarem-me algumas coisitas. Estou a observar algum favoritismo nestes aspectos para algumas pessoas, Pai Natal. Que é feito da imparcialidade?
Ia pedir uns suplementos para a minha avó, mas a avaliar pelas pessoas que fazem a promoção, parece-me que entre o comprimido branco e o vermelho há ali uma substância qualquer que contrai os músculos faciais de forma a que a pessoa fica incapaz de não mostrar as dentuças. E a minha avó não gosta da placa dela… Portanto um par de meias parece-me uma opção bem mais segura.
Bem, por este ano fico-me por aqui.
Até para o ano e se passares pela China, não te esqueças de levar ar engarrafado.
X porque ainda não sei o que vai sair deste meu cérebro, podem ser 2 como podem ser 13. Ora comecemos lá a classificar as pessoazinhas amorosas que são responsáveis por carradas de depressões e esgotamentos da classe trabalhadora:
Dora a Exploradora:
Ela (ou ele) entra, olha, investiga: este sujeitinho (ou sujeitinha) é mestre em explorar os cantos do estabelecimento e encontrar tudo o que há para encontrar, principalmente se forem falhas.
O Mirone:
Ele chega, ele sente-se e ele olha, e olha, e continua a olhar…e continua olhar...e continua. Olha fixamente para o funcionário até que se levanta e se vai embora.
O Alquimista:
Pede para fazer as misturas mais estranhas. Começa por pedir uma bebida de requinte e depois pede gasosa para misturar.
O Abutre:
Este indivíduo tem faro: cheira-lhe a consumo alheio, aproxima-se logo. Ronda os clientes consumidores na esperança que alguém lhe compre algo. Em casos extremos, chega mesmo a comer o que alguém deixou na mesa. Nas horas vagas também pode ser mirone. (Horas vagas= estabelecimento vazio)
O Coleccionador:
Há vários, desde o coleccionador de pacotinhos de açúcar, ao de chávenas de café…
O Viking:
Ele entra para conquistar. É tudo dele e tudo à volta são meros danos colaterais. Ele grita, ele salta, ele parte a casa toda se for preciso. Ele tem habitualmente menos de 6 anos.
O Carente:
Este pobre coitado precisa de desabafar e ser ouvido, daí vai para o balcão abrir a alma e despejar tudo o que complica a sua existência, com banda sonora do moinho de café e da máquina de lavar louça.
O Engenhocas:
Caracterizado pela síndrome do “nunca 'tá' quieto” é incapaz de ter algo na mão sem o estar a dobrar e a introduzir num sítio qualquer (sem duplos significados. Espero eu). Se há forma de enfiar uma colher de café num gargalo de garrafa, este sujeito é a pessoa indicada para demonstrar a proeza.
O Bob o Construtor:
A arte de transformar o açúcar em cimento é algo que caracteriza este freguês. Faz as suas obras no fundo da chávena de café, deixando esta com o que aparenta ser uma gruta repleta de estalagmites e outras formações "açucareiras" no seu interior. É habitual deixar vestígios da matéria-prima no meio envolvente.
O Agricultor :
Se pediu bolo planta migalhas, se pediu café planta açúcar e rega-o com umas gotitas do dito líquido. Ele planta tudo e não colhe nada, porque limpar minimamente que é bom, 'tá' quieto.
Estes são os 10 que me ocorrem, decerto há mais, se vos ocorrer algum, não se acanhem e façam o favor de mencionar.
Este é para os constipados, para os fanhosos, os riniticos e os ranhosos, para aqueles que estão sempre com um pingo no nariz e uma necessidade constante de recorrer a lenços. Sim, é para nós vocês, que calculam quantos lenços vão gastar num dia e levam 10 a mais, 9 dos quais desaparecem para narizes alheios ou, no caso das moças, possivelmente para outros fins higiénicos – o eterno caso do papel higiénico desaparecido.
É para vocês que escrevo, almas generosas que safam outros narizitos necessitados que nunca dispõem de lenços, vocês que têm sempre um lencinho para dar, mesmo estando a desidratar a velocidade alarmante pelo nariz.
Vocês, quais dealers do produto que andam com 2 e 3 maços para uso próprio e para distribuir...e de forma gratuita note-se!
Que seria do mundo sem esta gente?
Em nome dos narizes deste mundo, um muito obrigado.
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p.s: lá por se chamar parte I, não quer dizer que exista necessariamente uma parte II e por aí adiante..
Enganem-se aqueles que, ao lerem o titulo estarão convencidíssimos que isto será um post profundo, cheio de introspecções mentais, e filosofias de vida. Não, isto é mesmo sobre coelhos.
Coelhos? Sim, coelhos. Aparentemente os pobres coelhos bravos estão a desaparecer devido ao vírus hemorrágico (ler noticia).
Sim, o caso é preocupante, mas não é o que me traz aqui. O que me traz aqui é: quem é que denunciou a situação? Os caçadores.
Convenhamos que é irónico: "Ah e tal, vinha eu aqui matar coelhos e 'tão todos mortos". Sim há legislação para que a caça seja controlada e tudo mais, não é por aí que quero que levem isto. Só quero mesmo salientar a ironia que é ir à procura de coelhos para os matar, e ficar indignado por estarem a morrer.
Pior do que isto só o lado dos coelhos, é triste que as únicas pessoas que dão por falta deles são precisamente aquelas que planeavam "limpar-lhes o sebo".