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Desabafos De Todos Os Tipos E Feitios

Dias de Nevoeiro e as personagens que neles aparecem

Ah! Frio, chuva e nevoeiro... Dias bons para ficar em casa e uma pessoa tem que se levantar cedo e ir para o trabalho. Mas não desanimem, há sempre entretém pelo caminho; eis as 3 personagens que surgem em dias de nevoeiro:

 

Os Confiantes

Nevoeiro, chuva, gelo  ou qualquer tipo de intempérie: nada pára estes indivíduos. É prego a fundo estejam em estrada seca ou escorregadia que nem manteiga. Donos de uma excelente visão que lhes permite ver o que se passa para lá do nevoeiro e assim ultrapassar. Uma visão excelente ou fé que não venha ninguém. Uma das duas é de certeza

 

Os Poupadinhos

Onde houver um nevoeiro mais cerrado, há de sempre existir um conjunto de almas que não ligam médios, não ligam mínimos não ligam nada. Aparecem no nevoeiro qual D. Sebastião a voltar da guerra. De mansinho, como se não fosse nada com eles, andam normalmente como se estivessem num dia de primavera com céu limpo e o sol a brilhar. Bem sei que a vida está cara, mas meus senhores, há que ter limites. Se é um destes sujeitos, só lhe peço: não poupe as lâmpadas e  LIGUE AS LUZES! E se não for pedir muito, que sejam os médios por favor.

 

Os Tímidos

Nevoeiro e lá aparecem eles, um nada ao longe, um brilho trémulo ao perto, enfim, ficaram-se pelos mínimos. Não entendo, será medo? Será a utilização dos mínimos um grito desesperado, ainda que tímido, de "eu estou aqui, tu que vens sem luzes, eu estou aqui!"? Será excesso de filmes de terror e o medo de despertar a atenção das criaturas que se escondem do nevoeiro? Será preguiça? Será também uma espécie de poupança de lâmpadas? Talvez guardem os médios para a noite e para não gastarem sempre as mesmas lâmpadas usam os mínimos no nevoeiro. A verdade meus senhores, é que NÃO DÁ PARA VER QUE VOCÊS ESTÃO LÁ! Se no caso anterior, os poupadinhos são uma espécie de D. Sebastião, os Tímidos são D. Sebastião com uma vela acesa à espera que o encontrem. Pois, também não funcionou com ele. 

 

Continuação de boas viagens.

 

Dúvidas existenciais

Há coisas que me fazem confusão, que me deixam a pensar sobre a humanidade e as ideias peregrinas que ela tem. Não, não estou a falar da candidatura do Trump, e muito menos da cambada de apoiantes que o homem tem. Guardo isso para uma próxima.

O que me leva a escrever hoje são expressões, palavras e outras tantas coisas que alguém criou, e que, por uma ou outra razão, não fazem sentido.

 

Passo a exemplificar:

Se os atilhos se atam, porque é que os atacadores não se atacam? Se fosse para atar, não eram atacadores, mas sim atadores.

Expressões do género "caíste que nem um patinho" também me provocam uma certa confusão. Mas os patos caem com frequência? Se fosse "caíste que nem um ratinho" ainda percebia, agora patos, meus caros? Patos limitam-se a saber bem nadar.

 

Mas onde eu quero chegar é ao Lava Tudo. Que engano! Fosse antes um Lava Quase Tudo, ou melhor: Lava Muita Coisa. Agora tudo? Mas quem é que lava a loiça com Lava Tudo? Ou a Roupa? Em casos extremos pergunto : lavam-se os dentes com Lava Tudo? Não lavam!!

Gente muito esquisita, é o que tenho a dizer.

Agora só resta saber quem ganha as presidenciais...

Amor, sim. Até em dia de feijoada

Pelo título, isto tem tudo para ser o post “má lindo” que alguma vez apareceu por aqui. Aconselho vivamente a quem tem uma mente limitada e é susceptível a temáticas com odores suspeitamente semelhantes aos de uma fossa séptica, a parar por aqui . A sério, depois não digam que não vos avisei.

 

Bem, antes de mais feliz dia de São Valentim, principalmente para as almas solitárias que, por obra do destino ou por opção, passaram este dia a levar com tudo o que é promoções e actividades dedicadas a casais. Somos Sois uma cambada de gente resistente.

 

Vamos então ao que interessa, o amor, o romantismo e tudo isto nos dias de hoje. Ora o amor é muito lindo, o romantismo também, e hoje em dia este último está de tal forma ligada ao materialismo que até dói. Nada contra rosas, chocolates e jantares em restaurantes xpto com 30 estrelas Michelin, ou até mesmo brincos de diamantes. Os chocolates principalmente são bem-vindos. Sou no entanto da opinião que há maiores provas de amor e de que realmente se está com a pessoa certa. Acredito que com a pessoa certa, não só podes estar à vontade mas à vontadinha. Passo a explicar o que quero dizer com um exemplo, e sim é aqui que entra a feijoada:

 

Um par de namorados acaba de ir jantar a casa de amigos/ sei lá, um sitio qualquer com outras pessoas, e comeram uma feijoada. Já em casa têm a seguinte conversa:

 

- Ups, se te vier um cheiro a podre, a culpa é da feijoada.

- Eich! Porra, tens aí um bicho morto ou quê?

- Os teus devem cheirar a rosas, deve ser?

- Daqui a nada já podemos confirmar isso.

- Credo! Ainda te estavas a queixar? Podíamos fazer milhões a vender este cheiro como arma química. Isto atordoa qualquer um.

- Ainda bem que nos viemos embora, ainda intoxicávamos alguém.

- Mesmo. Aqui já sabemos o que a casa gasta.

 

Desatam os dois a rir e a conversa muda para outros parâmetros com bolinha vermelha no canto direito, conversa esta que não menciono para não ferir mais susceptibilidades.

 

Moral da história: só estás verdadeiramente à vontade com alguém, quando te sentes confortável o suficiente para libertares um gás, vulgo peido, e não tens vergonha de admitir que foste tu. A vida é muito curta para passares a vida ao lado de alguém com quem tens de limitar a emissão de gases. Isto aplica-se a tudo. Se há algo natural em ti que não podes partilhar com a outra pessoa, não vejo como é que um restaurante com 30 estrelas Michelin vai ajudar.

 

Para as pessoas que têm pânico de assumir a autoria dos ditos gases a todo o universo, é importante que procurem uma pessoa que pense o mesmo, ou passarão o resto da existência a dizer que o parceiro “é nojento! Mas o jantar no restaurante foi perfeito”.

 

 

Ataque de vikings

Tenho a impressão que uma grande percentagem de pais hoje em dia interpreta a velha frase "deixem as crianças ser crianças" como "deixem os vikings piquenos partirem tudo o que quiserem em estabelecimentos de restauração e outros".

 

Falando a sério, há algo de muito errado quando se vêm miúdos aos berros a bater portas, saltar cadeiras, esgravatanhar livros e etc, enquanto os papás estão a pôr a conversa em dia e não fazem nada para alterar este comportamento.

 

Por outro lado, este comportamento parece-me um bom método contraceptivo para a audiência susceptível.

As doenças da moda

Aparentemente a intolerância à lactose é moda. Qualquer sanita que tenha sido alvo dos efeitos de uma, pode de certo confirmar o quão glamorosa esta moda é, e as inúmeras vantagens de aderir. Deve ser assim semelhante ao cancro, com a quantidade de mortes recentes devido ao cancro, só pode ser moda. É que não há outra explicação. 

 

Bem, certo é que depois de ouvir certas coisas, uma pessoa pensa se no meio dos voluntários que tomaram a molécula no ensaio clínico que pôs 6 pessoas no hospital, uma com morte cerebral e as restantes com danos irreversíveis, não estariam também os indivíduos que se têm manifestado com certas pérolas ultimamente. E não, desta vez a culpa não é da cannabis. Pelo menos no caso do ensaio clínico não é, no resto já não digo nada.

 

Os bandos

Não, não é sobre grupos organizados, nem outro tipo de bandidagem desorganizada. O que me traz aqui é todo um outro agrupamento de pessoas. Refiro-me pois à classe estudantil que ao sair da escola, o faz tal e qual um bando de pássaros em migração para um local mais quente. A diferença é que os ditos passaritos se desviam dos prédios e outros obstáculos, enquanto que os ditos estudantes definem a trajectória que mais lhes convém ou, na minha opinião, a que mais adrenalina contém, e prego a fundo:“Ala que se faz tarde”.

 

Pois bem, é isto: Chegada à hora de saída das aulas, é parar e ver o êxodo estudantil  proveniente dos diferentes estabelecimentos de ensino, fugir do local como se se de uma casa de banho com odores fedorentos e outras evidencias nas porcelanas típicas de tal lugar se tratasse. Nada contra. O problema é que tão focados estão eles em afastarem-se do edifício que cruzam parques de estacionamento e estradas como se estes fossem vias com prioridade para os peões. Darem prioridade aos veículos em circulação ou arredarem-se dos em manobras que é bom, 'tá quieto. São muito finos os meninos.

 

Agora alguém indignado diz “mas os condutores têm de ter atenção perto de escolas”. Concordamos, mas os alunos (e outras pessoas) também têm de ter atenção por onde andam. Simplesmente pelo facto que levar com um carro em cima não deve ser agradável, e interromper o natural fluir do trânsito porque ir para o passeio implica dar uma ligeira curva de 45º no inicio da trajectória, é simplesmente estúpido.

 

Claro está que muitos destes sujeitos são deixados à porta da escolinha pelos seus progenitores que fazem questão de bloquear o restante trânsito. O que me leva a acreditar que deve ser um distúrbio genético qualquer. Acho mesmo que se deveria fazer um estudo sobre isto.

Nem tudo é selfie pá!

Pessoas…a ver se nos entendemos: Selfies, nome que decidiram dar ao que já se fazia há carradas de tempo, muito antes das câmaras frontais presentes em smartphones e afins, são só e apenas aquelas que são tiradas por uma das pessoas que aparece na foto, ok? Sim? Percebido?

 

Como ver isto? Simples, ou se vê um braço esticado ou então o que aparenta ser uma muleta, daquelas de alumínio, numa das margens da foto, que levará à conclusão que um selfie stick foi utilizado…ou então que uma pessoa de terceira idade está a utilizar a muleta como apontador ou como cassetete. Mas isso é toda uma outra história.

 

E lá está, originalmente selfie era um auto-retrato e que eventualmente teria pessoas em 2º plano, agora com a dita muleta, aparece a família toda e os vizinhos. Mas adiante.

 

O que não se considera selfie, é quando se deixa o “aparelhómetro” fotográfico sozinho com auto temporizador, se dá uma corridinha e click: tem-se a fotografia. Isso é uma fotografia. Não há cá selfie nenhuma. Raio de mania.

Carta ao Pai Natal

Querido Pai Natal,

 

Antes de mais espero que esta febre da OMS considerar tudo "veneno" não tenha afectado as criancinhas que te deixam comida, caso contrário este ano só comes alpista. Para além disto espero que o teu trenó tenha passado na inspecção e que não tenhas aldrabado os resultados de gases emitidos pelas tuas renas. Não te rias, vacas já fizeram explodir edifícios, se tivesse sido contigo, não achavas tanta piada.

 

Soube que houve casamento entre dois duendes, não fiquei surpreendida, ouvi dizer que ser gay está na moda. Acerca deles terem adoptado um piqueno, acho que a pobre criança vai ser muito gozada na escola: chamar-lhe Gervásio foi cruel. Há pais que realmente não pensam no futuro das crianças. Mas pronto, se não for pelo nome há-de ser por outra coisa qualquer. Também ouvi dizer que Deus criou o homem porque a mãe do senhor não sabia fazer pénis, portanto parece-me que o que está na moda é dizer coisas sem grande nexo, para não dizer mesmo estúpidas.

 

Bem, já que te estou a escrever aproveito e faço pedidos:

 

Gostava que desses à minha mãe dinheiro suficiente para eu poder ir para Paris e ela me sustentar lá. E já que estou a pedir, também podes convencer os meus amigos a pagarem-me algumas coisitas. Estou a observar algum favoritismo nestes aspectos para algumas pessoas, Pai Natal. Que é feito da imparcialidade?

 

Ia pedir uns suplementos para a minha avó, mas a avaliar pelas pessoas que fazem a promoção, parece-me que entre o comprimido branco e o vermelho há ali uma substância qualquer que contrai os músculos faciais de forma a que a pessoa fica incapaz de não mostrar as dentuças. E a minha avó não gosta da placa dela… Portanto um par de meias parece-me uma opção bem mais segura.

 

Bem, por este ano fico-me por aqui.

 

Até para o ano e se passares pela China, não te esqueças de levar ar engarrafado.

Novas filosofias

Bons eram os velhos tempos em que “Faz tudo como se alguém te contemplasse” tinha o intuito de levar as pessoas a comportarem-se de forma dita respeitável e própria, sempre, a toda a hora e a todo o momento. Hoje em dia é mais “Faz tudo para que alguém te contemple” nem que isso signifique ir para um supermercado de tanga… ou passar a auto-estrada a correr com a dita.

 

Vá, não sejamos limitados. A frase de Epicuro ainda se mantém. Numa modernização seria mais “Faz tudo como se estivesses a ser filmado e prestes a "ser partilhado" nas redes sociais”. Resumindo, não fosse esta moda de partilhar tudo online, uma pessoa podia cair em paz e sossego e não acabar numa compilação das “10 melhores quedas que não vais querer perder”. Mas muitas delas foram executadas aquando de um momento de exibicionismo, por tanto não se podem queixar muito. Mostraram a peripécia, não foi a que pretendiam mostrar, mas alcançaram os tão desejados 2.3 segundos de fama: nem tudo é mau.

 

É daquelas coisas: “não interessa se falam bem ou mal, o que interessa é que falem”.

Hoje em dia é preferível ser conhecido por ser “palhaço” do que ficar no terrível anonimato.

Que posso eu dizer? As pessoas são estranhas.

Não sabe a alcool!

Se todos os teus amigos bebem, é possível que não entendas este post. A menos que sejas um convertido (fraquinho!) ou sejas um “conversor”…se fazes parte deste último grupo e se te sentires de alguma forma afrontado, temos pena. Não, por acaso não temos.
Passando ao que interessa, falemos das alminhas inconformadas que não entendem que há pessoal que não bebe. Passo a exemplificar:

 

"Não bebes? Mas não bebes porquê?"
"Não gosto"
"Vou pedir uma cena que vais gostar, sabe a sumo"

 

Se sabe a sumo, bebo sumo não? Mania de achar que o álcool tem de ser consumido assim como símbolo que marca já não teres 3 anos. Depois vês aqueles que com tantos "sabe a sumo" voltaram à infância e já não têm equilíbrio, relembrando assim a sensação de dar os primeiros passos. Fica mesmo lindo. Mas pronto se gostam da sensação, quem sou eu para contrariar. Cada um bebe o que quer, inclusive suminho.

Continuando com o exemplo:

 

“Obrigada, mas não quero mesmo.”

Eit, és mesmo x” (substitua-se o x por qualquer adjectivo pejorativo utilizado com o intuito de inferiorizar o individuo que não bebe álcool. Ex: cortes, fraquinho, copinho de leite, e toda uma gama imensa de coisas piores, tenho a certeza)

 

É aqui que vemos o estofo de cada um. Há os que cedem e toca a emborcar, há os que provam e há os que negam e continuam a negar até que o “conversor” arranje outro passatempo ou até a paciência se esgotar e… bem, ou se vai embora ou começa à batatada: há pessoas para tudo.