Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Desabafos De Todos Os Tipos E Feitios

Amor, sim. Até em dia de feijoada

Pelo título, isto tem tudo para ser o post “má lindo” que alguma vez apareceu por aqui. Aconselho vivamente a quem tem uma mente limitada e é susceptível a temáticas com odores suspeitamente semelhantes aos de uma fossa séptica, a parar por aqui . A sério, depois não digam que não vos avisei.

 

Bem, antes de mais feliz dia de São Valentim, principalmente para as almas solitárias que, por obra do destino ou por opção, passaram este dia a levar com tudo o que é promoções e actividades dedicadas a casais. Somos Sois uma cambada de gente resistente.

 

Vamos então ao que interessa, o amor, o romantismo e tudo isto nos dias de hoje. Ora o amor é muito lindo, o romantismo também, e hoje em dia este último está de tal forma ligada ao materialismo que até dói. Nada contra rosas, chocolates e jantares em restaurantes xpto com 30 estrelas Michelin, ou até mesmo brincos de diamantes. Os chocolates principalmente são bem-vindos. Sou no entanto da opinião que há maiores provas de amor e de que realmente se está com a pessoa certa. Acredito que com a pessoa certa, não só podes estar à vontade mas à vontadinha. Passo a explicar o que quero dizer com um exemplo, e sim é aqui que entra a feijoada:

 

Um par de namorados acaba de ir jantar a casa de amigos/ sei lá, um sitio qualquer com outras pessoas, e comeram uma feijoada. Já em casa têm a seguinte conversa:

 

- Ups, se te vier um cheiro a podre, a culpa é da feijoada.

- Eich! Porra, tens aí um bicho morto ou quê?

- Os teus devem cheirar a rosas, deve ser?

- Daqui a nada já podemos confirmar isso.

- Credo! Ainda te estavas a queixar? Podíamos fazer milhões a vender este cheiro como arma química. Isto atordoa qualquer um.

- Ainda bem que nos viemos embora, ainda intoxicávamos alguém.

- Mesmo. Aqui já sabemos o que a casa gasta.

 

Desatam os dois a rir e a conversa muda para outros parâmetros com bolinha vermelha no canto direito, conversa esta que não menciono para não ferir mais susceptibilidades.

 

Moral da história: só estás verdadeiramente à vontade com alguém, quando te sentes confortável o suficiente para libertares um gás, vulgo peido, e não tens vergonha de admitir que foste tu. A vida é muito curta para passares a vida ao lado de alguém com quem tens de limitar a emissão de gases. Isto aplica-se a tudo. Se há algo natural em ti que não podes partilhar com a outra pessoa, não vejo como é que um restaurante com 30 estrelas Michelin vai ajudar.

 

Para as pessoas que têm pânico de assumir a autoria dos ditos gases a todo o universo, é importante que procurem uma pessoa que pense o mesmo, ou passarão o resto da existência a dizer que o parceiro “é nojento! Mas o jantar no restaurante foi perfeito”.

 

 

As doenças da moda

Aparentemente a intolerância à lactose é moda. Qualquer sanita que tenha sido alvo dos efeitos de uma, pode de certo confirmar o quão glamorosa esta moda é, e as inúmeras vantagens de aderir. Deve ser assim semelhante ao cancro, com a quantidade de mortes recentes devido ao cancro, só pode ser moda. É que não há outra explicação. 

 

Bem, certo é que depois de ouvir certas coisas, uma pessoa pensa se no meio dos voluntários que tomaram a molécula no ensaio clínico que pôs 6 pessoas no hospital, uma com morte cerebral e as restantes com danos irreversíveis, não estariam também os indivíduos que se têm manifestado com certas pérolas ultimamente. E não, desta vez a culpa não é da cannabis. Pelo menos no caso do ensaio clínico não é, no resto já não digo nada.

 

Os bandos

Não, não é sobre grupos organizados, nem outro tipo de bandidagem desorganizada. O que me traz aqui é todo um outro agrupamento de pessoas. Refiro-me pois à classe estudantil que ao sair da escola, o faz tal e qual um bando de pássaros em migração para um local mais quente. A diferença é que os ditos passaritos se desviam dos prédios e outros obstáculos, enquanto que os ditos estudantes definem a trajectória que mais lhes convém ou, na minha opinião, a que mais adrenalina contém, e prego a fundo:“Ala que se faz tarde”.

 

Pois bem, é isto: Chegada à hora de saída das aulas, é parar e ver o êxodo estudantil  proveniente dos diferentes estabelecimentos de ensino, fugir do local como se se de uma casa de banho com odores fedorentos e outras evidencias nas porcelanas típicas de tal lugar se tratasse. Nada contra. O problema é que tão focados estão eles em afastarem-se do edifício que cruzam parques de estacionamento e estradas como se estes fossem vias com prioridade para os peões. Darem prioridade aos veículos em circulação ou arredarem-se dos em manobras que é bom, 'tá quieto. São muito finos os meninos.

 

Agora alguém indignado diz “mas os condutores têm de ter atenção perto de escolas”. Concordamos, mas os alunos (e outras pessoas) também têm de ter atenção por onde andam. Simplesmente pelo facto que levar com um carro em cima não deve ser agradável, e interromper o natural fluir do trânsito porque ir para o passeio implica dar uma ligeira curva de 45º no inicio da trajectória, é simplesmente estúpido.

 

Claro está que muitos destes sujeitos são deixados à porta da escolinha pelos seus progenitores que fazem questão de bloquear o restante trânsito. O que me leva a acreditar que deve ser um distúrbio genético qualquer. Acho mesmo que se deveria fazer um estudo sobre isto.

Os debates das Presidenciais

Debates políticos, que coisa aborrecida. Eu bem tento, juro que sim, mas o meu cérebro a cada 5 segundos teima em encontrar algo fascinante no comportamento da mosca que está parada na parede há coisa de 2 horas. É vergonhoso, eu sei. Não basta isto, os momentos em que estou com atenção só me vêm à cabeça coisas sarcásticas, como o facto de que o senhor Henrique Neto se deveria chamar Henrique Avô e sempre que ouço Sampaio da Nóvoa, o meu cérebro teima em ouvir Nódoa. Terrível, bem sei. 

 

Mas não é da minha incapacidade de ouvir do principio ao fim os debates que venho falar hoje, e sim, da necessidade que existe em alterar o formato destes. Estava a tentar ouvir a senhora Maria de Belém a enumerar todos os cargos políticos que já desempenhou quando me ocorreu que o que falha nestes debates é precisamente o formato. 

 

Há que cativar o eleitorado, já que pelo conteúdo não conseguem, visto que já sabemos que são todos uns porreirinhos, que querem é melhorar o país porque isto está muito mau, e há uma Constituição para cumprir, e não é preciso complicar, e há que ressuscitar os valores conquistados a 25 de Abril e essas coisas todas muito lindas. Soluções práticas que é bom, não se ouve em lado nenhum, logo parece-me mesmo que o formato mais indicado deveria ser algo mais relacionado com o entretenimento:

 

Pusessem os candidatos todos numa poça de lama rodeada por rede, vestidos com fatinhos de Lycra, e algo me diz que a audiência dispararia...pronto ok, Lycra é melhor não, não queremos causar danos irreversíveis nas audiências mais sensíveis. Podem ir mesmo com o fatinho todo engomado, é capaz de criar mais impacto assim.  

 

Digam lá, se não paravam para ver a Maria de Belém a puxar cabelos à Marisa, que ripostava esfregando uma amálgama de lama na cara da adversária? Ou mesmo Vitorino Silva utilizando técnicas centenárias dos agricultores de Rans contra todos os adversários e arruinando fatiotes de alta costura?

 

Acho que temos aqui uma ideia com mérito. 

 

Tino à presidência!

E botem manteiga nisso! Porque pão com manteiga é (tão) bom! Desculpem, foi mais forte que eu.

 

Vitorino Silva, mais conhecido como Tino de Rans, apresentou a sua candidatura a Belém entregando as suas 8.118 assinaturas em sete caixotes e um cesto de vindimas. Gostei da originalidade.

 

Tino de Rans apresentou a sua candidatura para “devolver a alegria ao povo”. Ora aqui está o primeiro candidato com um objetivo que me parece concretizável, ou pelo menos quase. A avaliar pela audiência que programas como Herman José e os Malucos do Riso tiveram e têm, despertar o sentido de humor dos portugueses, não me parece complicado.

 

Confesso, e perdoem-me pelo pensamento, que sempre que imagino este senhor como presidente e em visita presidencial a um país, só o consigo imaginar a cantar o seu sucesso musical do pão com manteiga. O que me deixa triste. Ainda se fosse um pãozinho com uma alheira, ou um chouriçinho, sempre tinha uma componente mais patriótica, agora manteiga? 

 

Mas agora a sério, acho muito bem que se tenha candidatado. Outra das suas razões é dar protagonismo ao povo, que até agora tem sido sempre figurante. A falar em figuras, para os que não sabem ler, o que ao que me parece não são assim tão poucos neste país, aconselha-se que perguntem a ordem pela qual os candidatos são apresentados e decorem a posição, que desta vez não há símbolos para ajudar na escolha, ao que me parece. 

Nem tudo é selfie pá!

Pessoas…a ver se nos entendemos: Selfies, nome que decidiram dar ao que já se fazia há carradas de tempo, muito antes das câmaras frontais presentes em smartphones e afins, são só e apenas aquelas que são tiradas por uma das pessoas que aparece na foto, ok? Sim? Percebido?

 

Como ver isto? Simples, ou se vê um braço esticado ou então o que aparenta ser uma muleta, daquelas de alumínio, numa das margens da foto, que levará à conclusão que um selfie stick foi utilizado…ou então que uma pessoa de terceira idade está a utilizar a muleta como apontador ou como cassetete. Mas isso é toda uma outra história.

 

E lá está, originalmente selfie era um auto-retrato e que eventualmente teria pessoas em 2º plano, agora com a dita muleta, aparece a família toda e os vizinhos. Mas adiante.

 

O que não se considera selfie, é quando se deixa o “aparelhómetro” fotográfico sozinho com auto temporizador, se dá uma corridinha e click: tem-se a fotografia. Isso é uma fotografia. Não há cá selfie nenhuma. Raio de mania.

Saga Natalícia

Capitulo 1- A decoração

 

Tudo começa por aqui, começam a surgir as luzes em tudo o que é superfície, ou até mesmo em suspensão qual trapezista de circo. Depois são os inúmeros pais natal a trepar escadas para chegar a telhados. Escadas? Toda a gente sabe que o trenó fica suspenso no ar perto de chaminé, à semelhança da nuvem mágica do dragon ball… raios do consumismo, estraga isto tudo.

Depois temos a árvore. Há toda uma ciência para a decorar. Primeiro é desembrulhar as luzes que foram decerto alvo dos primos das calorias, aqueles bichinhos que andam no armário a apertar roupa. Ora, estes têm como passatempo fazer ninhos com correntes de luzes, porque nitidamente aquilo não foi arrumado daquela maneira. Segue-se a experimentação, e "tchanam": os bichitos não só treinaram a sua técnica de tricô nas luzes, como também fundiram metade.

 

Capitulo 2 – As prendas

 

Para muitos este é o capítulo 2 horas antes das 00h, mas neste caso vai ser o 2º. Há que comprar prendas para a família, para a troca de prendas do trabalho, e para os amigos. Regra: não conheces bem a pessoa? Olha que linda caixa de chocolates. Esta caixa pode acabar por ficar em casa se o típico “olha outra caixa de chocolates que eu não gosto tanto, mas que serve perfeitamente para oferecer e até é jeitosinha” acontecer.

 

Capitulo 3 – O embrulho

 

Esperar 3 séculos na fila para embrulhar as prendas, ou ir ao self-service e fazer o serviço? Hipótese C claro: levar metade do rolo/ das folhas do self-service para casa, dá para este ano e para o próximo, ainda com sobras se alguma coisa correr mal.

 

Capítulos 4 – A comida

 

Bacalhau ou peru? Os dois, claro. Há sempre pessoal que não gosta da viscosidade da cara do bacalhau, e os outros que não passam sem ela no Natal. Facto é que é bem provável que ambos estejam sentados à mesma mesa, portanto quer-se um peru inteiro e recheado. Conclusão: Há peru para o resto do mês, em diferentes variantes.

 

Capítulo 5 – A espera

 

Ninguém acaba de jantar à meia noite. Nem perto, restam horas longas e desesperantes de espera, em que não há nada para fazer se não encher o bandulho de filhoses e rabanadas, Bolo-Rei e tronco de Natal. Claro está que tirar tudo o que é fruta cristalizada e passas do Bolo-Rei, sempre ocupa um certo tempo, afinal é um trabalho de perícia.

Lá está, se não houver miúdos não se espera até à meia-noite. Cambada de gente impaciente.

 

Capitulo 6 – A entrega das prendas

 

Há sempre aquela pessoa a quem tu entregas a prenda e ela diz para abrires tu. Desconfio sempre que a pessoa não vê patavina ao perto, e não quer fazer figura de urso em busca da margem do papel. Mas adiante, há também aquela pessoa que te diz para não rasgares o papel porque podes usar para o ano e se não o quiseres tu, leva-o ela, acabando assim com o frenesim desejado de rasgar o papel como se não houvesse amanhã.

O próximo passo é sorrir, não interessa se são as meias mais foleiras que alguma vez viste, é má educação mostrar desagrado. No dia a seguir podes guardá-las nos confins das gavetas onde vão ficar esquecidas para a eternidade. Mas guarda-as, assim quando perguntarem “Então e as meias?” podes responder “sim, sim, tenho-as lá guardadas” é sempre bom guardar roupa nova. Sempre.

 

E fico por aqui que isto já está longo e eu estou um bocado cansada de dar ao dedo. Aproveito para dizer: vai comprar as prendas malandro!

E é isto.

Carta ao Pai Natal

Querido Pai Natal,

 

Antes de mais espero que esta febre da OMS considerar tudo "veneno" não tenha afectado as criancinhas que te deixam comida, caso contrário este ano só comes alpista. Para além disto espero que o teu trenó tenha passado na inspecção e que não tenhas aldrabado os resultados de gases emitidos pelas tuas renas. Não te rias, vacas já fizeram explodir edifícios, se tivesse sido contigo, não achavas tanta piada.

 

Soube que houve casamento entre dois duendes, não fiquei surpreendida, ouvi dizer que ser gay está na moda. Acerca deles terem adoptado um piqueno, acho que a pobre criança vai ser muito gozada na escola: chamar-lhe Gervásio foi cruel. Há pais que realmente não pensam no futuro das crianças. Mas pronto, se não for pelo nome há-de ser por outra coisa qualquer. Também ouvi dizer que Deus criou o homem porque a mãe do senhor não sabia fazer pénis, portanto parece-me que o que está na moda é dizer coisas sem grande nexo, para não dizer mesmo estúpidas.

 

Bem, já que te estou a escrever aproveito e faço pedidos:

 

Gostava que desses à minha mãe dinheiro suficiente para eu poder ir para Paris e ela me sustentar lá. E já que estou a pedir, também podes convencer os meus amigos a pagarem-me algumas coisitas. Estou a observar algum favoritismo nestes aspectos para algumas pessoas, Pai Natal. Que é feito da imparcialidade?

 

Ia pedir uns suplementos para a minha avó, mas a avaliar pelas pessoas que fazem a promoção, parece-me que entre o comprimido branco e o vermelho há ali uma substância qualquer que contrai os músculos faciais de forma a que a pessoa fica incapaz de não mostrar as dentuças. E a minha avó não gosta da placa dela… Portanto um par de meias parece-me uma opção bem mais segura.

 

Bem, por este ano fico-me por aqui.

 

Até para o ano e se passares pela China, não te esqueças de levar ar engarrafado.

X tipos de fregueses

X porque ainda não sei o que vai sair deste meu cérebro, podem ser 2 como podem ser 13. Ora comecemos lá a classificar as pessoazinhas amorosas que são responsáveis por carradas de depressões e esgotamentos da classe trabalhadora:

 

Dora a Exploradora:

Ela (ou ele) entra, olha, investiga: este sujeitinho (ou sujeitinha) é mestre em explorar os cantos do estabelecimento e encontrar tudo o que há para encontrar, principalmente se forem falhas.

 

O Mirone:

Ele chega, ele sente-se e ele olha, e olha, e continua a olhar…e continua olhar...e continua. Olha fixamente para o funcionário até que se levanta e se vai embora.

 

O Alquimista:

Pede para fazer as misturas mais estranhas. Começa por pedir uma bebida de requinte e depois pede gasosa para misturar.

 

O Abutre:

Este indivíduo tem faro: cheira-lhe a consumo alheio, aproxima-se logo. Ronda os clientes consumidores na esperança que alguém lhe compre algo. Em casos extremos, chega mesmo a comer o que alguém deixou na mesa. Nas horas vagas também pode ser mirone. (Horas vagas= estabelecimento vazio)

 

O Coleccionador:

Há vários, desde o coleccionador de pacotinhos de açúcar, ao de chávenas de café…

 

O Viking:

Ele entra para conquistar. É tudo dele e tudo à volta são meros danos colaterais. Ele grita, ele salta, ele parte a casa toda se for preciso. Ele tem habitualmente menos de 6 anos.

 

O Carente:

Este pobre coitado precisa de desabafar e ser ouvido, daí vai para o balcão abrir a alma e despejar tudo o que complica a sua existência, com banda sonora do moinho de café e da máquina de lavar louça.

 

O Engenhocas:

Caracterizado pela síndrome do “nunca 'tá' quieto” é incapaz de ter algo na mão sem o estar a dobrar e a introduzir num sítio qualquer (sem duplos significados. Espero eu). Se há forma de enfiar uma colher de café num gargalo de garrafa, este sujeito é a pessoa indicada para demonstrar a proeza.

 

O Bob o Construtor:

A arte de transformar o açúcar em cimento é algo que caracteriza este freguês. Faz as suas obras no fundo da chávena de café, deixando esta com o que aparenta ser uma gruta repleta de estalagmites e outras formações "açucareiras" no seu interior. É habitual deixar vestígios da matéria-prima no meio envolvente.

 

O Agricultor :

Se pediu bolo planta migalhas, se pediu café planta açúcar e rega-o com umas gotitas do dito líquido. Ele planta tudo e não colhe nada, porque limpar minimamente que é bom, 'tá' quieto.

 

Estes são os 10 que me ocorrem, decerto há mais, se vos ocorrer algum, não se acanhem e façam o favor de mencionar.